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80 anos de Poesia

22 set

“80 anos de Poesia”: Uma coleção com alguns poemas de Mario Quintana, escolhidos dentre seus principais livros.

Poemas de Mário Quintana

10 set

“Senhora, eu vos amo tanto

Que até por vosso marido

Me dá um certo quebranto”.

Mário Quintana

Vieste

17 ago

“Vieste
À hora e a tempo,
soltando meus barcos
E velas ao vento
Vieste
Me dando alento,
me olhando por dentro
Velando por mim
Vieste
De olhos fechados,
num dia marcado
Sagrado pra mim
Vieste
Com a cara e a coragem
Com malas, viagens
Para dentro de mim
Meu amor”.

Ivan Lins e Vítor Martins

Foto: Noël Zia Lee

Poesia: Sant’Anna

16 ago

De repente, naqueles dias, começaram
a desaparecer pessoas, estranhamente.
Desaparecia-se. Desaparecia-se muito
naqueles dias …
Evaporava o pai
ao encontro da filha que não via …

Desapareciam amantes em pleno beijo
e médicos em meio à cirurgia.
Mecânicos se diluíam
– mal ligavam o torno do dia.

Desaparecia-se a olhos vistos
e não era miopia.
Desaparecia-se
até a primeira vista.
Bastava que alguém visse um desaparecido
e o desaparecido desaparecia.

Affonso Romano de Sant’Anna

Poemas de Mário Quintana

16 ago

Quem faz um poema abre uma janela.
Respira, tu que estás numa cela abafada,
esse ar que entra por ela.
Por isso é que os poemas têm ritmo
– para que possas profundamente respirar.
Quem faz um poema salva um afogado.

Mário Quintana

Foto: Josef Grunig

De Profundis

15 ago

“A gente sempre destrói aquilo que mais ama.
Em campo aberto ou em uma emboscada.
Alguns com a leveza do carinho,
outros com a dureza da palavra.
Os covardes destroem com um beijo,
os valentes com uma espada.”

Trecho do De Profundis, carta belíssima de Oscar Wilde, que, infelizmente, viveu o drama na vida, e não na arte.

Imagem: Quadro Ravine, de Vincent Van Gogh, outro que viveu um drama pessoal, apesar de também ser um grande artista. Galeria de freeparking, no Flickr.

Veja mais uma frase do livro após o jump.

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Das Utopias

14 ago

“Se as coisas são inatingíveis,

ora, não é motivo para não querê-las.

Que tristes os caminhos, se não fora

a mágica presença das estrelas”.

Mário Quintana

Imagem: Noite Estrelada, de Van Gogh

Poema: “Ninguém venha me dar vida”

10 ago

“Ninguém venha me dar vida,

que estou morrendo de amor,

que estou feliz de morrer,

que não tenho mal nem dor,

que estou de sonho ferido,

que não me quero curar,

que estou deixando de ser,

e não quero me encontrar,

que estou dentro de um navio,

que sei que vai naufragar,

já não falo e ainda sorrio,

porque está perto de mim

o dono verde do mar

que busquei desde  começo,

e estava apenas no fim.

Corações, por que chorais?

Preparai meu arremesso

para as algas e os corais.

Fim ditoso, hora feliz:

guardai meu amor sem preço,

que só quis quem não me quis”.

Cecília Meireles

Foto: pedrosimoes7

Poemas de Mário Quintana

3 ago

“Mas o que quer dizer este poema? – perguntou-me alarmada a boa senhora.
E o que quer dizer uma nuvem? – respondi triunfante.
Uma nuvem – disse ela – umas vezes quer dizer chuva, outras vezes bom tempo…”

Mario Quintana

Foto: akakumo